sábado, 23 de maio de 2009

Surpresas da vida II

(Continuando)
Os dias passaram e eu achava que ele não tinha mais contato com o tal cara. Mesmo pensando que ele tivesse ido encontrar o cara naquele sábado, eu resolvi encarar esse fato como um preço (alto) pelo bem da relação. Imaginei então, que eles nem tivessem mais nenhum tipo de contato.
Uma semana e meia depois, eu acabei vendo no celular dele, por acaso, uma ligação de mais de seis minutos para o cara. Detalhe importante: ele tentou apagar essa ligação, mas não sei como e nem porque ela não foi apagada completamente (Deus sabe o que faz).
Desta vez não fui logo em cima acusando. Resolvi esperar uns dias e depois disso, durante uma viagem, resolvi perguntar se ele tinha notícias do cara. Ele, espantado, me respondeu que nunca mais tinha falado com o cara, desde a última vez que estivemos todos juntos. Fingi acreditar e continuamos tranquilos dentro do avião.
Chegando no hotel, resolvi ter uma conversa séria com ele e o questionei novamente sobre esse contato estabelecido com o tal cara sem eu saber de nada. Ele mais uma vez negou dizendo que não tinha mais falado com o cara. Eu logo disse que tinha visto uma ligação do celular dele para o cara, e que tal ligação tinha durado bastante tempo para quem não tinha assunto. Daí ele veio com uma história absurda dizendo que ligou para o cara pois queria me fazer uma surpresa e convidar o cara para sair conosco.
Eu não acredite e pedi para ele me contar a verdade. Cheguei ao ponto de dizer que nada do que ele me dissesse mudaria nossa relação, pois eu o amava muito. Ele disse que não tinha nada de mais para me dizer e que tinha ligado para o cara uma vez depois daquele sábado para pedir para o cara não ligar para ele (Absurdo isso, não?). E que depois ligou para falar da tal surpresa. Eu perguntei se o cara (que tava super afim dele) cantou ele, e ele negou. Isso já me deixou ainda mais cismado.
Mais uma vez pedi para que ele nunca mentisse para mim e que sempre me falasse a verdade independente da dor que isso pudesse me causar. Ele me abraçou forte e disse que nunca mentiria para mim, nunca me enganaria e que me amava muito. Naquele momento, tudo isso parecia a mais pura verdade. Era o amor da minha vida que estava ali do meu lado, e eu não queria mais nada da vida. Acreditei nele cegamente naquele momento e imaginei mesmo que ele nunca fosse me enganar e nem mentir para mim.
O tempo foi passando e eu fui ficando cismado com algumas coisas que aconteciam. Apesar de dizer que me amava, ele as vezes me evitava na cama, as vezes evitava meus beijos, e já chegou ao ponto de pedir um beijo diferente de como eu sempre fazia. Naquele momento eu tive a impressão de que ele queria que eu o beijasse como outra pessoa o teria beijado. Cheguei a falar isso com ele, e ele disse que isso era coisa da minha cabeça.
A partir daí, comecei a ficar mais observador do que já sou e consegui provas concretas de que ele ainda mantinha contato com o tal cara. Certa vez quando eu o questionei ele me disse que só teria contato com o cara escondido de mim se tivesse interesse de ficar com o cara. 2+2=4. Bingo!!! Eu somei os fatos e cheguei a conclusão de que estava sendo enganado pela pessoa que dizia me amar muito, que nunca me enganaria e que nunca mentiria para mim.
Mas desta vez eu não podia fazer como das outras vezes quando me antecipei e sem provas acabei tendo que aceitar suas desculpa. Resolvi então continuar investigando e juntar o maior número de provas possíveis. Mesmo já tendo certeza de tudo eu perguntava para ele se ele tinha notícias do cara e ele negava e ainda ficava puto dizendo que não me esconderia mais nada. As vezes eu não me controlava e chamava ele de mentiroso, falso, e outras coisas desse tipo, mas de forma muito discreta. Ele se fazia de magoado e eu pensava: "Ele acha que eu sou trouxa, mas o trouxa do momento está sendo ele" porque eu já tava sabendo que ele tava encenando e ele não sabia que eu sabia.
Eu não sei agir com falsidade, mas nesses momentos eu precisava ser forte e tentar o máximo para não estragar, pois se eu fosse em cima dele sem todas as provas concretas, com certeza ele inverteria o jogo, como sempre fez, e eu sairía dessa história como o vilão e ele como o injustiçado. Foi difícil, mas consegui suportar por um bom tempo, até que eu achasse o momento correto de agir.
Nesse meio tempo fizemos uma viagem para o Nordeste. Eu já não queria ir com ele de tão puto que eu estava, mas como já tínhamos programado esse viagem com mais de um mês de antecedência, e os bilhetes já estavam emitidos em nossos nomes, eu não poderia deixar para depois da conversa séria porque eu não sabia que rumo nossas vidas tomariam.
Fomos para o Nordeste e lá mais uma vez eu o chamei de mentiroso. Ele ficou emburrado como se eu tivesse feito uma enorme injustiça com ele. Eu já não tava nem aí para o que ele pesava e nem ficava arrependido por fazer isso. Era uma forma que eu tinha de aliviar toda pressão que eu estava sentindo dentro de mim.

(Continua)

terça-feira, 19 de maio de 2009

Surpresas da vida

Já faz tempo que publiquei aqui o último post. Desde então a minha vida parece que entrou num turbilhão e depois de tanto rodar, cá estou eu, zonzo, postando mais um texto inútil para que eu possa ler mais pra frente.
Pelo que tenho notado pelo contador da página, algumas pessoas têm entrado no blog, mas não sei se essas pessoas tem tido paciência para ler as baboseira que escrevo. Se alguém tiver lendo e quiser comentar só para eu saber que tem gente lendo, seria legal.
Depois do "turbilhão" que citei logo aqui em cima, resolvi voltar para o blog e contar aqui algumas coisas que aconteceram comigo. Acho que é interessante a gente publicar certas coisas que possam servir de alertas para outras pessoas.
Assim como já publiquei aqui no blog, eu namoro há bastante tempo (são mais de dois anos) e eu achava que essa pessoa era o amor da minha vida, pois tudo o que aconteceu com a gente desde o início foi mágico. Ele me conquistou e me fez amá-lo como nunca antes eu tinha amado ninguém. Eu mesmo me surpreendia com o tamanho do amor que eu tinha por ele. Eu o amei mais do que tudo o que eu tinha na vida.
Uma vez ele me disse que me amava mais do que tudo. Mais do que a família dele, mais do que os amigos, etc. Mas ele me disse que se somasse duas coisas que ele amasse, eu perdia. Ou seja, se fosse família + amigos ou eu, era claro que ele amava mais família + amigos. Isso me fez sentir uma dor por dentro, mas o amor que eu senti me fez relevar isso, afinal, ele era a pessoa que eu mais amava, mesmo depois desse comentário dele.
Outra vez eu perguntei para ele o que faria ele me deixar, e ele me disse que se minha família descobrisse que nós somos mais do que amigos, ele me deixaria. Mais uma vez senti a dor de estar com uma pessoa que não me amava tanto quanto eu achava e talvez até uma pessoa que não merecesse todo o amor que eu tinha por ela. Mais uma vez relevei tudo isso e continuamos a tocar o barco.
Essas coisas aconteceram depois do carnaval deste ano. E foi de lá para cá que a minha vida começou a tomar o rumo maluco que tomou.
No carnaval conhecemos um cara que ficou "chegado" de nós, e eu notei um grande interesse desse cara pelo meu namorado. E me pareceu que tal interesse era recríproco, mas isso me foi negado de forma veemente por ele. Dias depois eu encontro o telefone desse cara no celular do meu namorado. Questionei ele sobre isso e ele me veio com uma história dizendo que alguém tinha ligado para ele desse número e que ele não sabia quem era, e que o cara desligou sem se identificar. Uma história muito suspeita, mas como eu não tinha provas precisei deixar isso quieto por um tempo.
Nesse mesmo dia fomos para um bairro na cidade que fica próximo ao bairro onde o tal carinha morava. Eu já achei estranho, mas belê. Daí o meu namo disse que tinha marcado de almoçar com um amigo e que esse amigo não gostava de mim e que eu não poderia ficar. Daí eu já estressei e disse que daqui a pouco o "cara" passaria por ali e ele diria ser uma coincidência. Daí ele virou bicho perguntando o que eu estava pensando dele, se eu achava que ele seria capaz de marcar com o cara escondido de mim e tal. Se fez de vítima para virar o jogo e acabou me colocando contra a parede. Discutimos, saimos de lá e fomos conversar.
Depois de muito papo, ele me pediu para encontrar o amigo dele ainda nesse dia e eu acabei concordando, mas tendo a certeza de que esse tal amigo não estaria lá, mas sim o outro. Deixei ele num lugar onde ele pudesse pegar uma condução e saí do local chorando de raiva de mim mesmo. Fui dar umas voltas sozinho e mais tarde voltei para casa.
Mais tarde ele apareceu em casa com a cara mais lavada do mundo e agindo de forma super natural. Eu fingindo acreditar nele também agi de forma natural.
No dia seguinte ele me contou que encontrou o amigo dele com outros amigos e que ficou bebendo, blá blá blá blá blá.
Nesse mesmo dia a gente conversou sobre traição e ele me garantiu que nunca teria coragem de me trair. Confesso que naquele momento eu achei mesmo que ele tivesse falando a verdade e acabei por relaxar um pouco a minha postura.

Continua...